Uma coisa muito comum na vida de um estudante de mídia é a leitura de infinitos alguns textos de autores profundamente prolixos renomados em suas áreas. E do que adiantaria uma leitura sem um fichamento?
Se vc não ficha o seu texto, quando for fazer uma resenha, trabalho ou prova em cima desse texto vai acabar se perdendo e não terá feito sentido ler.
Pois bem, os textos que tentei fichar foram todos sobre Semiótica, em breve trarei outros fichamentos (e espero que melhores do que esses). Não esperem muita coisa pq foi minha primeira tentativa de fichamento de texto científico e por isso usei técnicas diversas para tal.
Enfim, chega de jogar conversa fora e vamos aos textos:
Se vc não ficha o seu texto, quando for fazer uma resenha, trabalho ou prova em cima desse texto vai acabar se perdendo e não terá feito sentido ler.
Pois bem, os textos que tentei fichar foram todos sobre Semiótica, em breve trarei outros fichamentos (e espero que melhores do que esses). Não esperem muita coisa pq foi minha primeira tentativa de fichamento de texto científico e por isso usei técnicas diversas para tal.
Enfim, chega de jogar conversa fora e vamos aos textos:
Fichamentos dos textos:
Eco, Umberto. “Introdução: rumo a uma lógica da cultura”, In. Tratado Geral de Semiótica (1986): p. 1-22.
Lotman, Iuri. “Sobre o problema da tipologia da Cultura”. In. Semiótica Russa. São Paulo: Perspectiva: p. 31-41.
Kristeva, Julia. “A Semiótica”. In: História da Linguagem. Lisboa: 70 (1974): p. 409-447.
Eco:
p.1 – “O objetivo deste livro é explorar as possibilidades teóricas e as funções sociais de um estudo unificado de todo e qualquer fenômeno de significação e/ou comunicação.”
p.2 “há sistema de significação (e portanto código) quando existe uma possibilidade socialmente convencionada de gerar funções sígnicas, independentemente do fato de serem os funtivos de tais funções unidades discretas, chamadas ‘signos’, ou vasta poções discursivas, contanto que a correlação tenha sido estabelecida, precedente e preliminarmente, por uma convenção social.”
p.3 Limites que uma introdução da semiótica deve reconhecer:
Limites políticos: Limites acadêmicos, já estudados por outras disciplinas como a lógica formal e a lógica das línguas naturais; Limites ‘cooperativos’, que usa teorias desenvolvidas em outras disciplinas sobre o que seja semiótica; Limites empíricos.
Limites naturais: “aqueles para além dos quais a pesquisa da semiótica não pode aventurar-se, pois que cairia em território não-semiótico”
p.4 “A semiótica tem muito a ver com o que possa ser ASSUMIDO como signo. É signo tudo quanto possa ser assumido como substituto significante de outra coisa qualquer.”
p. 6 “ todo processo de comunicação entre seres humanos (...) pressupõe um sistema de significação como condição necessária.”
Notas: Há uma circularização no estudo da semiótica entre signos, significados e comunicação. A comunicação só é viável caso haja significação e não significação em que a comunicação se coloque no horizonte. Signo é tudo o que pode ser interpretado e a interpretação é involuntária. Assim que interpretamos um sentido, comunicamos, até mesmo sem perceber.
p. 10 “Segundo Peirce, um signo é qualquer coisa quês está para alguém no lugar de algo sob determinados aspectos ou capacidades.”
p. 12 “ A fumaça não funciona como signo para o fogo se o fogo for percebido juntamente com ela; mas ela pode ser o significante de um fogo não-perceptível”
p. 16 “ ‘a cultura, como um todo, deveria ser estudada como um fenômeno de comunicação baseado em sistemas de significação.’ Isso quer dizer que não apenas a cultura pode ser estudada dessa maneira, mas, como se verá, somente estudando-a assim poderemos esclarecê-la em seus mecanismos fundamentais”.
Notas: Ao tratar sobre a cultura, Eco traz três exemplos que, a princípio, não tem relação comunicativa que são: a produção e uso de objetos que transformam a relação homem-natureza; as relações familiares como núcleo primário de relações sociais institucionalizadas e a troca de bens econômicos. Com esses exemplos ele mostra como a comunicação se dá através da absorção pessoal de uma significação ou signo, como uma pedra que “serve” para abrir noz, o valor da mulher em um matrimônio e o valor da moeda de uma nação.
Lotman:
p. 32 “para nossos propósitos, é importante destacar o princípio de acordo com o qual a cultura é informação (...) por exemplo, com os meios de produção, é preciso ter em mente que todos estes objetos desempenham, na sociedade que os cria e utiliza, uma dupla função. Por um lado eles servem a objetivos práticos e, por outro, lado, concentram em si a experiência da atividade de trabalho precedente” Ex: roupas servem para proteger e como status social.
p. 35 “Assim o leitor contemporâneo de um texto sagrado medieval, naturalmente, decifra sua semântica utilizando outros códigos estruturais que não os do criador do texto. Com isto muda também o tipo de texto: no sistema de seu criador ele pertencia aos textos sagrados, enquanto, no sistema do leitor, pertence aos textos literários.” “Finalmente, cumpre notar que todo texto cultural no nível da fala(da realidade empírica), pelo visto constitui, inevitavelmente, não a encarnação de um código qualquer, mas a unificação de diversos sistemas.” “Deste modo , o código da época não é a cifra única, mas a predominante.”
p. 37 “ O valor das coisas é semiótico, uma vez que ele é determinado não pelo próprio valor destas, mas pela significação daquilo que ele representa.”
Kristeva:
Notas: A autora afirma que não há apenas um tipo de linguagem a ser estudada e a semiótica se propõe a estudar a linguagem dos signos. Afirma ainda que não necessidade de um sistema gramatical para que sistemas significantes sejam reconhecidos como linguagem. Para Saussure a Semiologia tem que ser estudada juntamente com outras ciências humanas e depende, também, de uma teoria da significação. A linguagem dos signos está dentro de todas as linguagens, por isso, para se estudar a semiótica é preciso de outra ciência humana como objeto de estudo. A linguagem e a cultura estão muito relacionadas, mas não são equivalentes.
A autora lista uma série de linguagens e as relaciona com o estudo dos signos nessas linguagens como a linguagem dos gestos (p. 420), a linguagem musical (p. 427), a pintura (p. 431), a fotografia e o cinema (p. 435) e também com a linguagem do comportamento animal (p. 440).
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Apenas seja racional, pense, pense e pense antes de escrever alguma coisa, afinal, esse é um espaço aberto (mas nem tanto) em que outras pessoas vêem o que escrevemos.